Depois que Wendel deixou-os sozinhos, Kawan e Tomas continuaram passeando, apesar do frio intenso que fazia na região. Intimamente, Kawan lamentou que não estivesse fazendo calor, pois queria ver os braços poderosos de seu amigo e, quem sabe, até algo mais, afinal, com a piscina ali, indisponível pela água gelada, ele poderia ter um espetáculo de pernas, tórax e membros escondidos pelas sungas. Infelizmente, porém, Tomas estava tão agasalhado quanto ele próprio.
Depois de percorrer toda a propriedade, Kawan e Tomas decidiram sentar na beira do lago para conversar mais um pouco. Falaram sobre seus amigos de escola, sobre os que ainda eram da turma e os que haviam se distanciado, ou foram afastados. Relembraram situações engraçadas do passado e conversaram sobre o presente, sobre o que cada um estava fazendo da vida.
A conversa fluiu até que se transformasse num joguinho de palavras. Aos poucos, Kawan envolveu Tomas no jogo, brincando ao mesmo tempo em que conduzia Tomas para uma armadilha.
– Qual foi a sua melhor metida? – perguntou Kawan, vendo que Tomas ficava envergonhado.
– Não vou responder isso… – falou Tomas, incapaz de assumir que era virgem.
Kawan então disse:
– A minha melhor metida foi com meu primo Augusto, a segunda melhor metida foi com o Jorge…
– Você nunca trepou com uma mulher? – interrompeu Tomas.
– Nunca! – Kawan foi taxativo – E pra que eu iria querer?
Tomas pensou por um momento, sua curiosidade suplantando a vergonha:
– Nunca teve vontade? Quer dizer, você fala com tanta segurança…
– Já conheci muitos homens que transaram com outros caras só pra experimentar. Eu nunca precisei experimentar. Eu já sabia o que queria.
Dizendo isso, sua mão deslizou pela perna de Tomas, até pousar em seu joelho. Vendo que Tomas não apresentara qualquer resistência, apertou os dedos em torno do joelho grosso.
Sentindo a mão de Kawan se fechar em torno de seu joelho, Tomas sentiu algo estranho lhe acontecendo. Um arrepio percorreu-lhe a espinha, instalando-se em seu saco. Sem graça, ele balbuciou:
– Quer dizer que nem todos viram gays?
– Não se vira gay. – Kawan riu – Acho que a gente nasce assim e muitos descobrem no meio do caminho. Alguns experimentam, mas chegam à conclusão de que não é o que eles procuram. Outros, ainda, são aventureiros bissexuais.
Ao ouvir aquilo, Tomas pensou que, talvez, não precisasse se ausentar de todo sentimento, afinal de contas. Se o que Kawan estava dizendo era verdade, ele podia tentar transar com outro homem, só para ver, só para experimentar…
Tentou dizer alguma coisa para Kawan, mas não conseguiu. Ao virar-se para encarar o amigo, deu de cara com os olhos verdes de Kawan encarando-o de volta. Kawan passeou o olhar pelo rosto de Tomas, detendo-se por um segundo a mais na boca. Um sorriso sacana brotou em seus lábios.
Tomas ainda pensava no que ia dizer quando os lábios de Kawan tocaram os seus. Instintivamente, fechou os olhos, incapaz de afastar-se daquele beijo delicioso. Lentamente, sua mão procurou a mão de Kawan que estava em seu joelho e seus dedos se entrelaçaram. O beijo pareceu durar uma eternidade. Para Kawan, era como se toda sua vida houvesse sido conduzida para aquele ponto, para aquele momento. O beijo mais esperado de sua vida finalmente acontecera.
Aproveitando o momento, ele buscou penetrar na boca de Tomas com sua língua, seus lábios colados em sofreguidão, suas mãos apertando-se numa saudação apaixonada enquanto sentia o pau crescendo de tesão dentro da bermuda.
Quando seus rostos de descolaram, Tomas abriu os olos e encarou o sorriso de Kawan.
– Não foi ruim, não é? – perguntou Kawan.
– Foi bom… – conseguiu responder Tomas, apesar de seu embaraço.
– Pode ficar melhor ainda… – falou Kawan, deslizando sua mão até roçar levemente no tecido que cobria o membro duro de Tomas – Me dê a chance…
– Acho que vou dar essa chance para mim… – respondeu Tomas.
E ambos dirigiram-se para a casa.
Chegando na sala de lareira, Kawan aproximou-se novamente de Tomas, pronto para beija-lo, mas Tomas desvencilhou-se, dizendo baixinho:
– Você é louco. E se Wendel aparecer com o Rico…
– Não seja bobo – falou Kawan – Nessa hora, Wendel deve estar de divertindo mais do que nós dois… Mas vamos dar um jeito nisso!
Aproximando-se de novo, Kawan entregou-se aos braços poderosos de Tomas, colando seu corpinho magro e delicioso na montanha de músculos de Tomas, sentindo seu pau latejante crescer por dentro da calça.
– Assim eu não vou resistir…. – gemeu Tomas.
– Não é pra resistir… – falou Kawan, empurrando Tomas para o sofá.
Tomas, caiu sentado no sofá, vendo Kawan sedento de sexo atirar-se sobre ele, a mão fechada em torno de seu pau intumescido e erguendo sua camisa para revelar o abdômen perfeito e musculoso.
– Eu sempre adorei o seu corpo, sabia?
– Eu… eu não fazia idéia… – disse Tomas.
– Desde que éramos adolescentes… eu olhava pra você… e queria saber como era sentir o teu corpo colado com o meu… e esse pau delicioso entrando em mim…
– Fala sério? – perguntou Tomas, enquanto Kawan erguia toda sua camisa, e alisava seu abdômen com olhos de cobiça.
– Claro que falo sério… Infelizmente, eu não podia ficar esperando você… mas eu pensei em você a cada dia de minha vida… queria lamber você inteiro…
– Me lamber? – Tomas sentia seu pau prestes a explodir dentro da cueca apertada – Isso parece delicioso…
– Deixa eu ver esse teu bração musculoso, deixa…
Tomas flexionou o braço, revelando um músculo inchado como uma batata, enquanto Kawan ajoelhava-se sobre o sofá e começava a lamber aquele braço torneado e invencível.
– Ahhh, que delícia… – gemeu Tomas, extasiado com a língua macia de Kawan sobre sua pele.
Kawan lambia e deleitava-se nos braços – literalmente – do amigo Tomas. Sua boca fechava-se em torno do músculo enquanto ele sentia seu próprio pau pedindo liberdade do calção.
Extasiado, Kawan ergueu ainda mais a blusa de Tomas, expondo seus mamilos rígidos de academia e aquele tórax que ele sonhara vezes sem conta em ter em sua boca. Lentamente, ele torneou aqueles mamilos com sua língua úmida, gemendo enquanto sentia que o macho embaixo dele estava quase pronto para experimentar o que ele tinha de melhor.
– Arranca a camisa! – pediu Kawan com urgência.
Tomas, sem hesitar, arrancou a camisa e expôs toda sua montanha de músculos para Kawan.
Com os olhos brilhando de excitação, Kawan começou a lamber todo o corpo de Tomas, como havia prometido. Sua língua e seus lábios sugavam cada trecho de pele, levando Tomas a níveis cada vez mais elevados de êxtase. Tomas, completamente entregue ao prazer daquele momento, sequer sentiu quando as mãos ágeis de Kawan abriram o botão e o zíper de sua calça.
Quando ele percebeu, a mão de Kawan estava se fechando em torno de seu pau babado, agarrando-o como se quisesse tira-lo do lugar. Assustado, ele arregalou os olhos, dando de cara com Kawan, que disse:
– Que coisa maravilhosa você tem aqui…
– E o que você vai fazer com isso? – perguntou Tomas, ainda envergonhado, mas entregue ao jogo da sedução.
Em resposta à sua pergunta, Kawan deslizou sua língua do mamilo de Tomas, passando pela sua barriga, dando duas voltas ]em torno do umbigo até encontrar os pêlos pubianos de Tomas, que já encontravam-se lambuzados com sua excitação.
Kawan abriu ainda mais a calça de Tomas, abaixando-a juntamente com a sunga, e encarou aquele mastro delicioso e brilhante que apontava diretamente para sua cara, convidando-o para o prazer imediato.
Sem hesitar, mas ainda assim consciente de que aquele momento há tanto sonhado estava se realizando, Kawan abocanhou o pinto de Tomas, sentindo-o deslizar para dentro de sua garganta.
Um gemido escapou da boca de Tomas, que fechou novamente os olhos, entregando-se de uma vez por todas àquele delírio. Sua mão encontrou a cabeça de Kawan e fechou-se sobre o boné do amigo. Abrindo os olhos apenas o suficiente para ver o rosto de Kawan, ele deliciou-se ao ver seu próprio pinto sendo possuído de forma tão deliciosa. E por Kawan, ainda por cima.
Relaxando, Tomas encostou a cabeça no encosto do sofá, pensando que poderia ficar ali, naquela situação, por horas, sem cansar.
Aquela era a boca mais gostosa do mundo!!!
De repente, ele deixou de se preocupar com os outros rapazes e com todo o mundo.
Finalmente, aos vinte e dois anos, ele descobria os prazeres do sexo.