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Minissérie – O Reencontro

10 – Do Cativeiro ao Covil

Fernando não se lembrava de onde estava, nem que quem era ele. A pé, numa rua deserta onde as chácaras estendiam-se até o horizonte, ele sabia apenas que havia acordado no meio de uma moita, no acostamento da estrada, e então se levantara, limpara as roupas que estavam sujas e saiu caminhando a esmo, procurando saber o que acontecera com ele. Com a mente confusa, lembrava apenas do próprio nome, enquanto tentava se esforçar para lembrar outros aspectos de sua vida que não conseguia.

Assim, caminhou por horas e horas até que deparou-se com uma casa onde havia algum movimento. Aproximando-se devagar, ele fixou os olhos nos dois homens que estavam no portão, com a certeza de que o ajudariam naquele momento de desamparo.
Rico e Tomas estavam no portão, conversando sobre o fim de semana e as surpresas que derivaram desse encontro de antigos amigos de colégio, quando avistaram um rapaz se aproximando. Desconfiados, viram as roupas sujas, o andar cambaleante e os olhos assustados do rapaz e pararam de conversar. Rico disse baixinho:

– O que será que esse cara quer?

– Sei lá, mas vamos descobrir logo. Parece um mendigo… – respondeu Tomas.

Quando Fernando parou junto ao portão, olhou para ambos e disse:

– Será que vocês podem me ajudar?

– Você quer um prato de comida? – perguntou Rico.

– Não. – respondeu Fernando – Na verdade, eu acho que estou com amnésia. Não me lembro de nada e não sei como vim parar aqui.

Tomas e Rico olharam-se, desconfiados. Amnésia? Não era uma coisa que acontecia todos os dias.

Mas Tomas mediu o rapaz e percebeu a marca cara da calça e da camisa que vestia. Estranhou o fato do rapaz estar descalço e disse para Rico:

– O que você acha?

– Não sei… você decide.

– Vamos abrir o portão…

Assim, ambos ergueram o pesado portão de ferro, deixando passar o rapaz maltrapilho. Fernando agradeceu e disse:

– Prometo que não vou dar trabalho. Na verdade, queria apenas um lugar para descansar e tentar descobrir o que aconteceu comigo…

Rico segurou na camisa e Fernando e viu uma marca que estendia-se ao lado, abaixo da manga da camisa.

– Acho que você foi atropelado…

A marca tinha as estrias de um pneu, como se um carro tivesse atropelado Fernando e passado rente ao seu corpo.

– Sente alguma dor? – perguntou Tomas.

– Não…

– É melhor descermos para a casa… Depois de um banho você pode ficar melhor.

E assim, os três desceram até o casarão.

Chegando na sala, Rico disse:

– É melhor avisarmos Wendel, antes que ele veja esse rapaz…

– Fernando…

– Como é? – perguntou Rico.

– Lembro que meu nome é Fernando… Só lembro disso…

Tomas interrompeu:

– É melhor deixarmos Wendel dormir, já que está cansado. Enquanto isso, por que não o levamos para o quarto que está vazio? Ele pode descansar por lá…

Foi quando Fernando sentiu que estava ficando tonto. Rico, ao perceber que o rapaz estava quase caindo no chão, apoiou-o, abraçando-o e passando o braço dele por seu ombro. Encarregouy0-se, então, de leva-lo até o quarto que estava vazio.

Chegando lá, ele disse:

– Acho melhor você tomar um banho. Está muito cansado e exausto. Um banho pode ser relaxante…

Sem poder responder, Fernando sentia o quarto girando ao seu redor. Rico aproximou-se dele e começou a erguer sua camisa para desabotoar sua calça.

– O que você está fazendo?

– Fique tranqüilo. Só vou tirar sua roupa para você poder tomar banho.

Fernando assentiu, permitindo que Rico o desnudasse. Assim, Rico tirou a calça, depois a camisa do rapaz. Ia deixa-lo apenas de cueca, quando um senso erótico de abuso fez com que tirasse também a cueca dele, apenas para ver o que aquele corpinho magro reservava.

Nu, Fernando sentiu um pouco de frio, mas Rico fez com que deslizasse para dentro da banheira, onde a água quente era como um bálsamo para o corpo machucado do rapaz.

Rico, devagar, começou a esfregar as costas de Fernando com as próprias mãos, enquanto Fernando sentia a água relaxante agindo em seu corpo. Começou a relaxar e encostou na banheira, deixando o peito livre para as mãos de Rico, que agiam de forma a relaxar seu corpo e seus músculos.

Quando Fernando fechou os olhos, Rico sentiu que seu pau começava a dar sinais de vida.

“Ora, deixe de ser abusado, seu safado!” – pensou consigo mesmo – “O rapaz está às beiras de um colapso e você fica excitado só porque ele está nu?”

Mas, mesmo enquanto pensava isso, suas mãos agiam como se tivessem vontade própria. Lentamente, ele deixou de alisar Fernando e começou a tirar sua camisa, sabendo que entraria na banheira mesmo antes de ficar nu.

Assim que desabotoou sua calça, Fernando abriu os olhos a tempo de ver o grande volume que esticava o tecido da calça de Rico. Assustado com aquele volume tão grande e pelo olhar sedutor de Rico, ele falou:

– O que você está fazendo?

– Não se preocupe. – respondeu Rico – Estou apenas tirando a roupa para não molha-la.

Fernando continuou desconfiado, mas sentiu que seu próprio pau começava a dar sinais de vida, apesar de todo cansaço que o acometia. Ainda assim, ergueu-se um pouco na banheira, segurando na calça de Rico para impedi-lo de baixa-la.

– Fica tranqüilo, já disse. – falou Rico, tirando a cueca e revelando o pau duro para Fernando.

Antes que o rapaz pudesse falar qualquer coisa, Rico pulou para dentro da banheira, escorregando seu corpo atrás do corpo nu de Fernando. Imediatamente tomado por uma crescente excitação, Rico sentiu seu pinto roçar nas costas de Fernando e segurou-o pelos ombros, massageando-o enquanto sua boca deslizava pelo pescoço do rapaz, subindo até sua orelha e mordiscando-a.

Fernando, cansado e confuso, não sabia o que fazer quando sentiu a língua de Rico em seu corpo. Seu pau começava a endurecer com a situação e ele fechou os olhos, tentando descobrir se aquilo podia mesmo estar acontecendo, ou se era apenas uma peça pregada pelo seu cérebro cansado.

Mas tudo parecia tão real! Ele nem mesmo sabia se era homossexual! Mas, depois de todo o cansaço que sentia, aquele contato físico era a melhor coisa que lhe acontecera.

Rico mordiscava a orelha de Fernando, suas mãos deslizando pelos seus ombros e peito, alisando-o cada vez com mais sensualidade. Fernando, sem resistir por mais tempo, virou-se e encarou Rico nos olhos. Inconscientemente, passou sua língua pelos lábios semi-abertos, num convite para que Rico o possuísse. Rico entendeu e mensagem. Agarrando Fernando pelo pescoço, ele curvou-se e deu um longo beijo no rapaz.

Suas línguas se cruzaram e suas mãos descobriram o que havia a ser explorado no corpo um do outro. Fernando, procurou até encontrar o pau pulsante de Rico e apertou-o, gemendo de tesão, enquanto começava a masturba-lo. Rico, por sua vez, deslizou a mão pelas costas de Fernando até encontrar o cuzinho apertado dele, penetrando levemente com a ponta do dedo, provocando um gemido maior.

Beijaram-se por quase cinco minutos, entregues à sedução daquele momento incomum e até que Rico, insatisfeito em apenas beijar,desvencilhou-se do beijo e disse:

– Quero que você me chupe.

Fernando, surpreso, não sabia se deveria aceitar aquela oferta. Por um instante hesitou, até que Rico ficou em pé, deixando seu pau a apenas poucos centímetros do rosto de Fernando.

Vendo aquele membro teso e rijo apontado para sua boca, Fernando sentiu que todo o cansaço e confusão abandonavam seu corpo. Virando-se para ficar ajoelhado, ele segurou novamente no pau de Rico e apertou-o, soltando uma exclamação:

– Nossa, como está duro!

– Então aproveita! – falou Rico – Ele está só esperando tua boca, garoto! Pode começar!

Então Fernando obedeceu. Caindo de boca no membro de Rico, ele sugou-o com força, tentando ignorar seu próprio cérebro que dizia que aquilo era errado. Que, em algum lugar por aí, ele tinha uma família e uma namorada.

Mas como não conseguisse se lembrar de nada, dedicou-se a chupar aquele mastro delicioso, aproveitando o momento até que pudesse se lembrar de quem era ele realmente.

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