Na manhã seguinte, Wendel acordou cedo, como sempre fazia, mesmo aos finais de semana. Após arrumar-se, escovar os dentes e tomar o café da manhã, ele constatou que ainda era cedo demais para que outros acordassem. Assim, apanhou um livro de romance policial que estava lendo e estatelou-se no sofá, conseguindo concentrar-se por algumas páginas, até que seus pensamentos desanuviaram para outros rumos.
Adorara aqueles momentos, e percebera, através dos sons que vazam pela casa, que o amigo Kawan também tivera sua quota de aventuras. Na noite anterior, quando se reuniram para conversar, Kawan apresentava um semblante delicioso, que transpirava sexualidade. Ele deixara-se contagiar pelo clima do amigo, e excitara-se a ponto de imaginar que poderia arriscar-se a dar uma trepada com Kawan em algum momento.
De repente, percebeu que segurava o livro à toa, e que havia lido vários parágrafos sem prestar a menor atenção às palavras. Jogando o livro para o lado, ele abriu as calças e baixou-as, ficando apenas de cueca.
Fazia alguns meses que ele viera, mas sabia que tinha um brinquedinho escondido ali, em algum lugar no sofá. Ele mesmo deixara-o ali em uma de suas viagens, entre uma costura das almofadas, impossível de ser encontrado, a não ser que se estivesse procurando por ele.